Por que não pode amamentar o filho de outra mulher?

Apesar de parecer uma prática positiva e saudável, a amamentação cruzada – quando o aleitamento é realizado por outra mulher que não a mãe do bebê –, é perigosa e contraindicada.

O Ministério da Saúde não recomenda esse tipo de amamentação, visto que os riscos são maiores que os possíveis benefícios. A prática pode transmitir doenças, como AIDS, hepatites B ou C, herpes simples e sarampo.

Em casos nos quais a mãe tem problemas para amamentar, existem outras saídas confiáveis e saudáveis para alimentar e nutrir o bebê. Continue conosco para entender mais sobre o porquê não se pode amamentar o filho de outra mulher e conhecer alternativas.

O que é amamentação cruzada?

A amamentação nem sempre é um processo fácil e indolor no início. Tudo é novo tanto para a mãe quanto para o bebê.

Apesar de ser um procedimento natural, diversos mitos e histórias cercam esse momento que é tão especial para a mulher e importante para o desenvolvimento do filho.

O mito de se ter pouco leite afeta diversas mulheres e é fortalecido pela indústria e por profissionais desatualizados.

Esse fato pode acarretar na amamentação cruzada: quando uma mãe tem leite em excesso e deseja ajudar outra que está sofrendo com a amamentação. 

Seja diretamente – por meio do seio – ou indiretamente – com a utilização de mamadeira, colher ou copinho – esse tipo de amamentação é contraindicado pelos órgãos de saúde.

Por que a amamentação cruzada é perigosa?

O maior risco de aderir à amamentação cruzada é infectar o bebê com uma doença, como a AIDS, a hepatite B e a herpes zoster. A outra mulher pode ter alguma enfermidade assintomática e transmiti-la por meio de um sangramento do mamilo ou pelo leite.

Os nenês ainda não tomaram todas as vacinas e nem possuem todos os anticorpos necessários para se proteger contra os riscos do aleitamento de outra mulher que não seja a mãe deles.

Qual é a importância da amamentação?

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a amamentação exclusiva até os 6 meses de vida do bebê. Isso por conta dos diversos benefícios tanto para o pequeno quanto para a mãe que a prática ocasiona.

Entre as vantagens do aleitamento exclusivo, estão:

  • é um alimento completo e nutritivo;
  • protege contra diarreia, alergias e outras doenças;
  • diminui o risco de diabetes, hipertensão e obesidade;
  • suaviza o sangramento do pós-parto;
  • reduz a incidência de câncer de mama e ovário.

Quais são as alternativas para quem está com pouco leite?

As mães que sentem que estão com leite insuficiente para o bebê ou sentem dificuldade de amamentar devem buscar ajuda médica para averiguar o que está acontecendo antes de tentarem outras alternativas sem prescrição.

Lembre-se de que não existe leite fraco. Cada mãe o produz de forma completa, nutritiva e adequada para o filho. Entretanto, podem ocorrer dificuldades na pega – maneira que o bebê abocanha a mama – ou problemas intestinais do pequeno que o deixam incomodado, ocasionando o choro.

Existem bancos de aleitamento materno com pessoas qualificadas para orientar as mães que desejam amamentar seus filhos com tranquilidade e sem introduzir a fórmula (leite à base de nutrientes geralmente de vaca, retirando-se nutrientes em excesso e adicionando os que estão em falta). 

Acesse o site da Fundação Oswaldo Cruz para ver a lista completa de bancos de leite humano do Brasil.

É provável que, após receber as orientações necessárias, você consiga obter sucesso no processo de amamentação. Entretanto, não aceite que outra mulher amamente seu filho.

Caso continue com dificuldades, o pediatra pode recomendar o leite artificial ideal para o bebê, que não prejudique a saúde dele nem o coloque em risco.

Como foi mencionado ao longo do artigo, o aleitamento materno possui diversos benefícios. Porém, somente a mãe do bebê pode realizá-lo de maneira eficaz e sem colocá-lo em perigo – com exceção para mães com doenças transmissíveis por meio do leito ou sangramento de machucados no mamilo.

A amamentação exclusiva até os 6 meses é vantajosa para o bebê e para a mãe, por isso pode ser interessante procurar ajuda de um profissional qualificado para realizar esse ato com tranquilidade e sem prejuízos para ambos.

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